ai que medo que eu tenho
dos gritos de raiva que ecoam pela rua
e adentram sem aviso pela janela da minha casa
que medo que eu tenho
das lufadas de vento
que sopram no meu peito
quando você surge na minha frente
toda raiva e vento das ruas do mundo
remetem-me ao campo devastado da minha memória sempre presente
o que haverá em você além da minha paixão
por vencer a resistência a este amor que ofereço de mãos abertas?
a leveza da sua pele
a sensualidade na sua alma
tudo isso será apenas meu amor dançando entre seus passos errantes
ou haverá entre nós
ainda
espaço para ver perceber sentir
apesar do que imobiliza?
Nenhum comentário:
Postar um comentário