O amante solitário da feminilidade bruta não pode amar a deusa pop da verdade lírica (que inventei um dia e depois vou apresentar em um blog a parte), que age com uma intenção erótico-poética, ele ama as mulheres que agem instintivamente, sem qualquer intenção, e que na sua ação-errância, sempre o acertam como alvo.
O amante solitário ama a feminilidade bruta que a deusa pop oculta sob sua verdade lírica. Um seduz com a verdade, outro, com a solidão que o habita. Para que eles se encontrassem, seria necessário despirem-se totalmente de sua verdade e solidão.
Eu sou o amante solitário da feminilidade bruta
Que nasce de uma mulher e se masculiniza
Aos poucos, entre trapos, bordados e fitas de cetim
Aprende a amar amando o que naturalmente o desfigura
Um cavaleiro pós-moderno, estranho entre todos
Que se despe circunstancialmente das suas marcas
Faz-se singular na pluralidade das vozes
Diferente entre todos, mais um entre muitos
Sem amigos, persegue seu desejo
Perscruta o que sussurra
Ai, as mulheres,
seus cheiros, umidades
por labirintos e labirintos de sons
inescrutáveis
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