"Paixões são tremores malignos da razão prática pura e, na maioria das vezes, incuráveis, pois o doente não quer se curar e se colocar sob o domínio do princípio apenas através do qual isso poderia ocorrer" (Kant)
O que dizer de uma razão que pretende controlar o que é incontrolável? E de uma paixão absolutamente inabordável?
Razão e Paixão, assim, não remetem à força e ao poder inabalável dos deuses, diante do qual nada pode o homem senão resignar-se, submeter-se?
Não haverá para nós - tão incompletos, parciais, mortais, tateadores, intuitivos, perseguidores incansáveis da verdade, do lume, que escapa, que nos cega - uma paixão e uma razão mais frágeis, flexíveis, um pouco mais humanas?
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